Você está visualizando atualmente 11- O sexto dia da criação – Parte 1
<span class="bsf-rt-reading-time"><span class="bsf-rt-display-label" prefix="Tempo de leitura estimado em"></span> <span class="bsf-rt-display-time" reading_time="9"></span> <span class="bsf-rt-display-postfix" postfix="minutos"></span></span><!-- .bsf-rt-reading-time -->

11- O sexto dia da criação – Parte 1

E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi. E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.” (Gênesis 1.24-26)

O estudo acerca do sexto dia é muito importante, pois, vemos nele, a conclusão de tudo o que foi planejado durante o tempo passado na eternidade de Deus. Nesse dia, os seres vivos que habitam sobre o solo terrestre foram criados com propósitos específicos. Por isso, este estudo está dividido em duas partes, das quais, esta é a primeira.

O versículo 24 do capítulo primeiro de Gênesis nos informa que Deus ordena à terra para que produza os animais terrestres. Olhando rapidamente a referência, parece que as coisas foram brotando lentamente da terra, o que não foi bem assim. Infelizmente, alguns pesquisadores, no intuito de buscar respostas para as suas indagações, foram criando teorias evolutivas das espécies. Sendo assim, antes de entrar no estudo da criação de cada espécie, veremos que cada animal criado foi feito com um complexo sistema que envolve outros sistemas que agem de forma síncrona e harmônica. Cada animal possui os seus sistemas respiratório, circulatório, muscular, nervoso, digestório, sensorial, endócrino, excretor, urinário, esquelético, reprodutor, imunológico e tegumentar, cujas características são exclusivas de cada espécie e não se alteram em função do habitat de cada indivíduo. Sendo assim, a girafa não tem o pescoço grande, porque precisa comer brotos nas copas das árvores, nem o elefante tem a tromba grande em função da evolução do lábio superior e do nariz. Eles são dessa forma, porque o Criador os fez assim e não como uma evolução por necessidade de sobrevivência.

Cada animal foi feito de acordo com a sua espécie e cada espécie tem o seu número de cromossomas definidos. Sendo assim, há variações das espécies, mesmo em famílias do mesmo reino, porém, não há evolução delas. Nos animais, as mutações não são passadas de uma geração para outra,  porque afetam as células somáticas.  Aos que adotam a teoria evolucionista das espécies, só levam em consideração as aparências físicas dos seres, sem levar em conta as suas individualidades, modo de vida, dietas alimentares, capacidade digestiva, entre inúmeros outros fatores que individualizam cada espécie.

As ideias evolucionistas de Darwin de que as espécies foram sofrendo mutações e se transformando em outras espécies são duramente criticadas por cientistas e biólogos, como o biólogo escocês, Sir D’Arcy Wentworth Thompson:

“Oitenta anos de estudos da evolução darwiniana, não nos ensinaram como foi que os pássaros vieram dos répteis, os mamíferos dos quadrúpedes, os quadrúpedes dos peixes, nem nos ensinaram como foi que os vertebrados vieram da linhagem dos invertebrados. Estávamos acostumados a ouvir, e nos contentávamos em crer, que os registros eram necessariamente imperfeitos…’um princípio de descontinuidade’ é inerente a todas as nossas classificações … e procurar ponto de apoio através das lacunas que existem, é procurar eternamente em vão.”                  ( “On growth and form”, Cambridge : University Press: 1945)

Sendo assim, vamos ao que interessa acerca dos seres que foram criados no sexto dia.

Nota-se que o escritor de Gênesis classifica os animais criados no sexto dia em três grandes grupos: domésticos (incluem-se aí os rebanhos diversos e os domesticados), os répteis e os atuais selvagens. Da mesma forma como vimos nos animais criados no quinto dia, o equilíbrio da fauna já estava previsto no projeto de Deus. Os animais foram criados para viver em harmonia e não temiam uns aos outros. Sua cadeia alimentar já estava estabelecida, para que houvesse a manutenção e preservação dos seres criados. A dieta alimentar dos primeiros animais deveria ser de frutos da terra, isto é, de verduras, ervas e frutas, conforme as referências bíblicas abaixo:

“E para todos os animais da terra, todas as aves dos céus e todos os animais que rastejam sobre a terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes servirá de alimento. E assim aconteceu.” (Gênesis 1.30) 

E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará.” (Isaías 11.6) 

O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.” (Isaías 65.25)

Conforme as referências do livro de Isaías visto acima, no período do Milênio (quando o mundo tiver sido restaurado no governo de Cristo, após a grande tribulação que há de vir sobre o mundo), a terra voltará às suas origens, para a qual foi criada. Nessa época, os animais voltarão a viver em harmonia dentro do projeto para os quais foram criados. Hoje, temos a distinção entre os animais domésticos e selvagens, por causa do pecado cometido pelo homem, ao desobedecer a Deus, comendo do fruto que lhe fora proibido. Dessa forma, a natureza foi abalada por essa tragédia, e isso foi tão horrendo, que a terra foi amaldiçoada e, agora, alguns animais tornaram-se selvagens e tiveram a sua dieta alimentar alterada, tornando-se carnívoros.

E a Adão disse: Porquanto destes ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.” (Gênesis 3.17,18)

A maldição lançada sobre a terra afetou todo o curso da natureza criada por Deus, a ponto de, hoje, termos pragas que destroem plantações, espinhos em algumas plantas e até os animais comportarem-se diferentes daquilo para o qual foram criados. Hoje, a cadeia alimentar dos animais selvagens segue a seguinte característica: os que estão na base servem de alimento para os que estão no topo e, nesse meio, prevalece a lei da sobrevivência, onde vence o mais forte. Com isso, alguns animais já nascem “predestinados” para servirem de alimentos para outros sobreviverem.

Assim, de acordo com a dieta alimentar, os animais seguem as seguintes classificações: animais carnívoros, animais herbívoros, animais granívoros, animais insectívoros e animais omnívoros.

Deus não chamou à existência as criaturas terrestres por meio de sua palavra, como fez com os outros seres e corpos anteriores. Ele capacitou a terra para produzi-las por si mesma. A Bíblia não explica porque Deus fez desta forma, mas, lendo o contexto, podemos perceber que esses animais vieram do pó e para lá devem voltar, conforme mencionado no Eclesiastes:

“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12.7)

Boa parte da composição química do corpo humano e dos animais são compostos por elementos encontrados no solo do nosso planeta, tais como: oxigênio (65%), carbono (18%), hidrogênio (10%), nitrogênio (3%), cálcio (1,5%), fósforo (1%) e ainda traços de outros elementos como K, S, Na, Cl, Mg, Fe, entre outros. Por isso, quando os animais morrem seus corpos se desintegram e voltam literalmente para a terra.

No sexto dia, foram criados todos os animais, inclusive, os extintos dinossauros. Embora a Bíblia não os relate, mas os fósseis comprovem, esses animais viveram no período anterior à criação do homem. Os vestígios e as evidências comprovam que estes animais viveram sobre a face da terra, porém, em um momento qualquer antes da criação do homem, foram extintos. Algumas pessoas não acreditam que esses animais estiveram por aqui, porque a Bíblia não os menciona, mas estão listados como grandes animais.

Esses animais apareceram no sexto dia, quando todo o ambiente estava propício ao seu surgimento e foram extintos. No passado, já tivemos muitos animais que foram extintos antes e depois da criação do homem. Se buscarmos mais recentemente, veremos que, nos últimos 100 anos, vários animais foram extintos e outros estão entrando em fase de extinção. Os dinossauros não estão descritos na Bíblia, porque o homem não os conheceu para que pudesse descrevê-los. Muitos animais não conviveram com outros, porque foram criados em épocas distintas e viveram em períodos distintos, aos quais não vamos abordar nesse estudo aqui. O único animal descrito na Bíblia como espantoso pelo seu tamanho é o leviatã, que até o momento, não temos ideia de como seria esse animal.

Naquele dia, o Senhor castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar.” (Is 27.1)

Diferentemente dos vegetais, que possuem vida e são inanimados, ao criar os animais, Deus inseriu neles o fôlego de vida, isto é, dotou-lhes de corpo e alma, conforme referência de Gn 1.24. Quanto à parte imaterial existente nos animais (sua alma), não há referências bíblicas quanto ao seu destino pós morte. Por causa desse fôlego de vida, Deus proibiu que os homens comessem os animais com o seu sangue, porque toda a vida animal depende do seu sangue.

“E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi.” (Gênesis 1.24)

“E nenhum sangue comereis em qualquer das vossas habitações, quer de aves quer de gado.” (Levíticos 7.26)

“Porquanto a vida de toda a carne é o seu sangue; por isso tenho dito aos filhos de Israel: Não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a vida de toda a carne é o seu sangue..” (Levíticos 17.14)

Embora o animal possua alma, isso não quer dizer que tenha inteligência e, sim, que é dotado de instinto, capaz de fazer as coisas para atender às suas necessidades básicas, bem como para perpetuação da espécie.

“Uma peculiaridade da criação dos animais – seres animados, termo que dá origem a tal nomenclatura – em relação aos vegetais é que a Bíblia registra o fato de terem uma vida extrafísica, tendo os mesmos o ‘sopro de vida’, palavra que pode ser traduzida, com base no hebraico, com o termo ‘alma’ que, eventualmente também é traduzida ao português como ‘seres’.” (Bereshit, Martinho Lutero Semblano, Pag 180, Ed Scriptura)

Eliezer Guedes – Pastor e professor na Assembleia de Deus em Águas Claras – Brasília – DF.      Email: eliezersguedes@gmail.com

Este post tem 4 comentários

  1. Pr Jonatas

    Excelente abordagem.
    Que Deus te abençoe e continue usando para compartilhar conhecimento.
    Esse estudo irá com certeza abençoar a muitos.

    1. Esse estudo é importante para mostrar o quanto Deus se importa com cada um de nós, pois somos a coisa mais preciosa que Ele fez.

  2. Denis Ramalho

    Muito obrigado por compartilhar este maravilhoso estudo conosco Pr Eliezer. Deus continue abençoando sua vida poderosamente

Deixe um comentário