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7 – O segundo dia da criação

Dando continuidade ao estudo sobre a criação de todas as coisas, em Gênesis 1.2, lemos que a Terra era um planeta coberto por águas e ainda não havia vida nessa imensidão de mares. No projeto criacionista de Deus, já havia a possibilidade de alteração na estrutura do nosso planeta, para que, no futuro, ele pudesse ser habitado por todos os tipos de seres vivos. Sendo assim, o próximo evento, dentro de uma lógica criacionista, foi fazer a diminuição das águas sobre a face da terra. Nesse propósito, Deus separou águas que ficaram sobre o solo terrestre e águas que foram evaporadas para os ares, formando as nuvens.

Para que as águas presentes nas nuvens não viessem a se precipitar sobre a superfície terrestre, Deus criou uma força, que chamou de expansão, a fim de  que essa separação se tornasse permanente.

“E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão. E assim foi. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.” (Gn 1.6-8)

Os versículos acima nos informam que, até o princípio do segundo dia, a superfície terrestre ainda se encontrava coberta por água. Nossa atmosfera ainda era fria e também coberta por uma densa cobertura de vapor, o que impedia a possibilidade de se ver os demais corpos celestes.

Deus separou as águas da superfície da Terra. Assim, foi possível haver um ambiente propício à criação de vida na Terra. Com essa separação, foi possível fazer com que um ar pesado e seco pudesse ocupar o espaço e separasse as águas na superfície da terra e a camada de neblina de águas condensadas, que são as nuvens. O que vem a ser as nuvens? Elas são o acúmulo de partículas de água ou de gelo que se condensam do estado gasoso para o estado líquido. Embora a água seja mais pesada que o ar, elas não caem do céu de maneira aleatória, porque as suas partículas são muito minúsculas e as moléculas de ar ao seu redor são barradas pela força do atrito. O atrito das moléculas de ar  mantém as gotículas de água suspensas, por causa da força que exercem sobre o peso dessas gotículas. Quando as gotículas de água entram em choque, elas ficam mais densas e se tornam mais pesadas. Se a nuvem ficar muito densa e pesada, ela cai sobre a terra em forma de chuva ou de neve, vai depender da concentração de água ou de gelo. O vento também pode impedir a queda das nuvens, pois ele é capaz de gerar uma turbulência sobre a nuvem, forçando a sua flutuação sobre os ares.

No texto abaixo, é possível tomar conhecimento sobre a formação das nuvens e até que tamanho podem atingir.

“Formação de Nuvens:

Há vários processos de formação das nuvens e consequentes formas e dimensões.

As nuvens são formadas pelo resfriamento do ar até a condensação da água, devido à subida e expansão do ar. É o que sucede quando uma parcela de ar sobe para níveis onde a pressão atmosférica é cada vez menor e o volume de ar se expande. Esta expansão requer energia, que é absorvida do calor da parcela, e, por isso, a temperatura desce. Este fenômeno é conhecido por resfriamento adiabático. A condensação e congelamento ocorrem em torno de núcleos apropriados, processos que resultam ao resfriamento adiabático, o qual, em troca, resulta de ar ascendente. Uma vez formada a nuvem poderá evoluir, crescendo cada vez mais, ou se dissipar. A dissipação da nuvem resulta da evaporação, das gotículas de água que a compõem, motivada por um aumento de temperatura decorrente da mistura do ar com outra massa de ar mais aquecida, pelo aquecimento adiabático ou, ainda, pela mistura com uma massa de ar seco. Uma nuvem pode surgir quando a massa de ar é forçada a deslocar-se para cima acompanhando o relevo do terreno. Essas nuvens, ditas de “origem orográfica” também decorrem da condensação do vapor de água devido ao resfriamento adiabático do ar.

As nuvens podem ser: líquidas (constituídas por gotículas de água), sólidas (constituídas por cristais de gelo) e mistas (constituídas por gotículas de água e cristais de gelo).

De acordo com o Atlas Internacional de Nuvens da OMM (Organização Meteorológica Mundial) existem três estágios de nuvens:

Nuvens Altas: base acima de 6km de altura – sólidas.

Nuvens Médias: base entre 2 a 4 km de altura nos polos, entre 2 a 7 km em latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador – líquidas e mistas.

Nuvens Baixas: base até 2km de altura – líquidas.

(Fonte: INMET – Instituto Nacional de Meteorologia)

Conforme informação do INMET, temos verdadeiros mares acima de nossas cabeças que não despencam de lá, porque fenômenos físicos os sustentam, os quais foram estabelecidos por uma força superior, ou seja, Deus colocou essas águas em cima e as sustenta pelo seu grande poder. As nuvens estão cheias de águas que podem descer a qualquer momento, porém não descem, porque há uma intervenção divina que as impede de descer tudo de uma vez.

Todo esse fenômeno explicado acima, que forma o espaço compreendido entre a superfície terrestre e os ares, a Bíblia o chama de expansão, que nada mais é do que uma camada de pressão exercida na terra, para impedir que as águas de cima não desçam de maneira desordenada sobre a superfície da terra. Antes, só existia água que cobria a face da terra, porém, a partir da acomodação dos fenômenos sobrenaturais ocorridos no segundo dia de Deus, hoje, temos toda uma harmonia nesse fenômeno da natureza, que ocorre naturalmente nos nossos dias e, agora, pode ser explicado cientificamente. Em Gênesis 2.5-6, lemos que Deus ainda não havia feito chover sobre a face da terra e que um vapor d’água subia da terra e a regava.

Desta forma, foram criados os grandes lençóis freáticos no subsolo terrestre, as densas nuvens tomaram o espaço acima da terra e o nosso planeta começou a ficar em condições de haver  vida nele.

Note que Deus começou a preparar a terra para que fosse uma morada especial. Os futuros moradores dela precisariam de oxigênio e de uma camada atmosférica com um ambiente propício à sua habitação. Antes de Deus criar o homem, Ele começou a preparar o nosso mundo para a sua habitação, proporcionando-lhe todas condições favoráveis ao seu bem-estar.

Nesse dia chamado de o segundo dia, Deus fez a separação entre as águas na terra e as águas na expansão, à qual chamou de céu. Esse céu relatado aqui não é o céu onde Deus habita. É o céu azul que pode ser visto pelos homens. O céu que podemos ver com os nossos olhos nada mais é do que a atmosfera terrestre composta por moléculas de gás, como o nitrogênio e o oxigênio. A partir do momento em que a irradiação solar chega até a atmosfera e se choca com essas moléculas, ocorre a dispersão da luz solar, dando essa coloração azulada.

Deus é um arquiteto sábio, organizado e planejador, pois, ainda no princípio, já previu e estabeleceu uma proteção contra as futuras radiações solares quando o sol penetrasse com a sua luz. Sendo assim, Ele  revestiu a Terra com o gás Ozônio (03), que é um dos gases que formam a nossa atmosfera, e 90% de suas moléculas estão a uma distância de cerca de 20 e 35 Km de altitude, na região conhecida como Camada de Ozônio.

Eliezer Guedes – Pastor e professor na Assembleia de Deus em Águas Claras – Brasília – DF.      Email: eliezersguedes@gmail.com

Este post tem 4 comentários

  1. Laci Ribeiro

    Muito bom

  2. Pr Jonatas

    Parabéns! Excelente estudo. Que Deus continue te abençoando e usando para transmitir conhecimento. Que Deus seja louvado!

  3. Glaucieni

    Parabéns meu amigo!
    Um maravilhoso estudo e que Deus o abençoe sempre mais.

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