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9 – O Quarto dia da criação

“E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite. Sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. Sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra. E assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia e o luminar menor para governar a noite. Também fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, para governar o dia e a noite e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que era bom. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.” (Gênesis 1.14-19)

No quarto dia, Deus colocou os dois grandes luminares para iluminarem a Terra, a fim de que pudesse ter separação entre os dias e as noites, bem como entre meses e anos. Embora este dois luminares possam influenciar outros planetas à sua volta, o propósito de Deus ao criá-los foi para influenciar a nossa Terra.

Como informado anteriormente no texto do primeiro dia da criação, a luz ainda não penetrava totalmente na Terra, porque havia um nevoeiro de poeira cósmica. Embora seja formada por partículas sólidas tão pequenas quanto um grão de areia, essa poeira formava um véu que impedia o espalhamento da luz solar pelo nosso planeta, bloqueando a sua penetração. Aliado à poeira cósmica havia o gás espacial formando nuvens de gás, chamadas de nebulosas.

 É importante notar que a criação do Sol e da Lua não ocorreu neste quarto dia, e sim no primeiro dia, quando todos os astros foram criados. Não é difícil perceber que esses corpos já existiam no quarto dia, porém, desde que houve o processo de dissolução do nevoeiro em nuvens descontínuas, eles começaram a intervir no processo relacionado à Terra.

A partir da aparição do Sol e da Lua, a Terra passou a ter a contagem do tempo da forma como nós a conhecemos hoje, pois foi a partir deles que começou a haver a separação do dia e da noite, bem como o processo das estações. O ambiente terrestre ainda era frio e sombrio devido à pouca quantidade luz que penetrava no planeta. No universo, já havia a luz cósmica que iluminava todo o espaço sideral, porém a Terra  não tinha luz própria. Somente após a dissipação do nevoeiro de gás e poeira, o sol passou a iluminar a Terra de dia e refletir a sua luz na Lua para iluminar a noite. Isso passou a acontecer a partir do quarto dia, quando a Terra passou a ter a sua iluminação proveniente desses grandes astros.

“Aquele que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade dura para sempre; O sol para governar de dia; porque a sua benignidade dura para sempre; A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua benignidade dura para sempre.” (Salmos 136 7-9)

O Sol e a Lua têm a capacidade de influenciar na força gravitacional da Terra, nas marés, no clima e nas estações do ano. A identificação dos dias da semana foi possível graças à aparição desses astros na Terra.

A presença da luz, desde o primeiro dia, indica que o Criador formou o Sol no mesmo dia (1º dia) em que formou a Terra e fez com que ele se tornasse um corpo incandescente no primeiro dia, porém só foi visualizado no nosso planeta no quarto dia. Desta forma, o tempo declarado como sendo o quarto dia ocorreu segundo a contagem do tempo de Deus.

Deus criou e colocou estes astros próximos a nós, porque já previa o bem-estar dos futuros moradores – os seres humanos. O Sol é o responsável por manter a órbita e a gravidade da nossa Terra. O Sol foi colocado a uma distância exata, de modo que, se estivesse mais distante, a Terra congelaria e se estivesse mais perto, sofreríamos de superaquecimento. Ele mantém o nosso planeta aquecido e é responsável pela formação de ventos, do movimento dos oceanos e pela produção da fotossíntese das plantas. Por meio dessa fotossíntese, as plantas se alimentam e estas servem de alimento para toda a base da cadeia alimentar dos animais e seres humanos. Sem a presença do Sol, a vida se tornaria insustentável no nosso planeta. O Sol também exerce um importante papel na saúde humana, dando a capacidade de produzir a vitamina D, que auxilia na manutenção dos ossos e dos dentes.

Em relação à Lua, ela fica orbitando em torno da Terra e forma os ciclos lunares, que são responsáveis pela variação das marés. Quando ela orbita em torno da Terra, pode influenciar o nosso clima, a duração dos dias, é responsável por manter a habitabilidade no nosso planeta, ajuda a manter a estabilidade do clima e a sua gravidade ajuda a manter o eixo de inclinação da Terra, responsável por criar as diferentes estações do ano: verão, outono, inverno e primavera.

Nos dias atuais, já se sabe que a Terra executa o movimento de translação, isto é, realiza uma órbita elíptica em torno do Sol no espaço aproximado de 365 dias, 5 horas e 48 minutos a uma velocidade média de aproximadamente 107.000 km. É interessante notar que alguns especuladores tentam desacreditar a Bíblia no caso da batalha travada entre o exército de Israel e os amorreus registrado em Josué 10:11–13. Vale lembrar que, na passagem em questão, Deus atendeu à oração do homem que precisava do socorro imediato. O Criador não queria saber se era a Terra que girava em torno do Sol ou ao contrário. Diante daquela situação, a oração foi atendida e a força da natureza foi alterada, independentemente de como crê o homem.

“E sucedeu que, fugindo eles diante de Israel, à descida de Bete-Horom, o Senhor lançou sobre eles, do céu, grandes pedras até Azeca, e morreram… Então, Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, Lua, no vale de Aijalom. E o Sol se deteve, e a Lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no livro do Reto? O Sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.” ( Josué 10:11–13)

Então, o que aconteceu no dia dessa batalha serve como testemunho permanente de que Deus é o Senhor do céu, da Terra, dos astros, do tempo, das estações e da história.

O poder criador de Deus é tão ilimitado quanto aquilo que Ele próprio criou. Ao pensarmos no número de estrelas que há no espaço sideral, não conseguimos mensurar a quantidade de estrelas, planetas e galáxias que existem.

“É muito difícil estimar o número de estrelas e de galáxias no Universo. As estrelas não estão espalhadas ao acaso pelo Universo, mas encontram-se aglutinadas em “ilhas estelares”, denominadas galáxias. Estima-se que a nossa galáxia, a Via Láctea, possui de 200 a 400 bilhões de estrelas. As galáxias possuem em média centenas de bilhões de estrelas. E as estimativas também apontam para centenas de bilhões de galáxias no Universo. Isto resultaria na existência de mais de 10 sextilhões de estrelas. Para comparação, o número de estrelas no Universo pode ser maior do que o número de grãos de areia na Terra, ou da ordem do total de células existentes em todos os seres humanos do nosso planeta.” (Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)

Embora seja impossível ao homem contar o número das estrelas, a Bíblia nos diz que Deus as chama pelo nome e conhece cada uma delas:

“Conta o número das estrelas, chama-as a todas pelos seus nomes. Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinito.” (Salmos 147.4,5)

Deus criou essa infinidade de astros no universo e todos eles estão em movimento permanente, porém Ele cuida para que esses astros não entrem em colisão e nem saiam de suas órbitas, evitando o colapso universal. Deus é tão grande que nem o céu, nem todo o universo pode comportá-lo, pois Ele vê todo o universo, o controla e o sustenta. Ele mede o universo a palmos.

” Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças? … Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças; eis que ele levanta as ilhas como a uma coisa pequeníssima.” (Isaías 40.12,15)

Eliezer Guedes – Pastor e professor na Assembleia de Deus em Águas Claras – Brasília – DF.      Email: eliezersguedes@gmail.com

Este post tem 6 comentários

  1. Candido

    Pastor Guedes, Excelente explicação!
    Gostaria de saber se é possível uma explicação ainda mais detalhada sobre a criação do Sol e da Lua, referente ao primeiro dia e o quarto.
    Um abraço!

    1. Obrigado, meu amigo.
      Quanto à explicação mais detalhada do primeiro e do quarto dia, já foi feita de maneira bem sucinta nos respectivos dias. Caso queira mais detalhes, favor informar quais as dúvidas.

  2. Rafael

    estudo da maior relevância, parabéns pr. Eliser pela didatica empregada no texto!

  3. Pr Jonatas

    Muito bom! Que Deus continue abençoando sua vida com sabedoria e conhecimento para transmiti-los a todos que desejam aprender mais sobre esse tema. É bastante útil para ajudar o compreender melhor a forma como aconteceu esse processo criativo de Deus.

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