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“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia. Havia trevas sobre a face do abismo e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”

Gênesis 1.1-2

A criação de todas as coisas ocorreu em algum momento da eternidade de Deus. Logo, não há como precisar em que momento da eternidade de Deus a terra começou a ser criada e quando o ocorreu a conclusão dessa criação. Essa dificuldade em identificar esse tempo se dá, porque não pode ser medido, tendo em vista não ocorreu no tempo do homem, mas no tempo de Deus.

Mas, o que é o tempo? Como ele é medido? Quem começou a contá-lo? Em que época ele começou a ser contado?

Antes de começarmos a relatar sobre os acontecimentos pré-adâmicos, vamos ver, primeiro, o que é o tempo segundo a Revista Scientific America Brazil:

“O tempo é uma grandeza física presente não apenas no cotidiano como também em todas as áreas e cadeiras científicas. Uma definição do mesmo em âmbito científico é não apenas essencial como também, em verdade, um requisito fundamental. Contudo, isto não significa que a ciência detenha a definição absoluta de tempo: ver-se-á que tempo, em ciência, é algo bem relativo, não só em um contexto cronológico – afinal, as teorias científicas evoluem – como em um contexto interno ao próprio paradigma científico válido atualmente.”

Revista Scientific America Brazil

O princípio de todas as coisas descritas em Gênesis 1.1 vai muito além do que podemos imaginar, pois este princípio não está limitado ao tempo humano. O tempo cronológico, descrito nos versículos 1 a 25 do primeiro capítulo de Gênesis, não se refere ao nosso dia de 24 horas. Logo, não há como precisar exatamente quantos anos tem a Terra.

Alguns cientistas defendem a tese de que a idade da Terra é de 4,5 bilhões de anos. Nosso estudo não tem como propósito mostrar a idade da Terra, e sim a idade do homem na Terra, que é de aproximadamente seis mil anos.

Tal contagem foi tomada como base desde o tempo em que o homem foi criado até os nossos dias. Não podemos deixar de levar em consideração que a contagem do tempo de Deus em relação ao homem é bem diferente do nosso, pois, para Deus, não existe o ontem, o hoje nem o amanhã, visto que, como Ele é eterno, o tempo e o espaço para Ele não são considerados.

O tempo contado pelo homem é cronológico baseado no sol e na lua, ou seja, o tempo humano é contado a partir das horas, dias e noites, verões, outonos, invernos e primaveras. Deus olha lá de cima e contempla todo o universo, todas as galáxias, todas as estrelas e tudo o mais que o homem possa imaginar. Tudo ao mesmo tempo. Por isso, Ele não fica limitado à nossa contagem de tempo, porque Ele está acima do tempo.

Ele vê o nosso ontem, hoje e amanhã como a mesma coisa. Quando Ele olha para a Terra, pode ver o dia e a noite ao mesmo tempo. Ele vê os eventos de Gênesis a Apocalipse ao mesmo tempo, porque Ele é atemporal.

Na Terra há lugares onde, em algumas partes, ainda é dia e, em outras, já é noite. Há lugares em que se comemora o dia de hoje e em outros já se comemora o dia de amanhã, por causa da dimensão do globo terrestre.

As diferenças de fusos horários ocorrem por causa da posição geográfica de alguns países em relação aos outros. Essa diferença se dá em relação ao meridiano de Greenwich e ao paralelo do Equador. Tais referências situam o homem no tempo e no espaço, porém Deus está numa esfera muito superior a essa.

Na figura abaixo, temos a Terra vista do alto. De um lado é dia e do outro ainda é noite. No lado voltado para o sol, é dia e, no lado oposto, é noite.

No Salmo 90.4, lemos: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.” Em 2Pe 3.8, lemos: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.” Isso não quer dizer que, para Deus, um dura mil anos, e sim, que não podemos comparar a nossa contagem cronológica com o tempo de Deus.

Em Gênesis 1.1, lemos que “no princípio criou, Deus os céus e a Terra.” Nesse princípio, o qual a Bíblia não nos relata em que época se deu e quanto tempo se passou, foram criadas todas as coisas – todos os planetas, o espaço sideral, a Terra e os seres angelicais.

Esse processo da criação de Deus foi transmitido para a humanidade por meio de uma linguagem simples e de fácil explicação, pois Deus não se preocupou em escrever grandes tratados, nem teorias complicadas direcionadas para os cientistas nem, tampouco, para os sábios e entendidos, mas o fez com uma linguagem que qualquer povo, por mais simples que seja, possa entendê-la, aprendê-la e guardá-la no coração e crer em seu poder.

A única pessoa que pode falar acerca de sua criação é o seu criador, pois ele teve a ideia, elaborou e executou o plano. Deus é o criador do céu, da Terra e de tudo o que existe; logo, Ele é a única  testemunha de tudo que aconteceu. Como o homem não participou, nem viu o processo de criação, não tem como refutar o criador.

Em Hebeus 11.3, podemos ler:

“Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.”

Sendo assim, precisamos crer no processo criativo de Deus por meio da fé e crer que a Bíblia ainda é a única fonte de registro dos acontecimentos ocorridos antes da criação do homem.

O estudo completo pode ser obtido no livro A idade do homem na terra. Adquira já!

Eliezer Guedes – Pastor e professor na Assembleia de Deus em Águas Claras -Brasília-DF Email: eliezersguedes@gmail.com